quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ressurgindo das cinzas


Campanha Carven inverno 2010

O velho conto do jovem estilista contratado para assumir a direção criativa de uma antiga maison francesa em declínio é cada vez mais improvável de se tornar realidade. Casos com o Nicolas Ghesquière na Balenciaga _ou de Riccardo Tisci na Givenchy e até de Christophe Decarin na Balmain_ se mostram cada vez mais inatingíveis.
Talvez seja justamente por isso que o caso da Carven seja tão interessante. Criada por Madame Carven, em 1945, a maison francesa nunca chegou a ser um verdadeiro hit fashion. Seu sucesso se deu muito mais por suas ousadas estratégias de marketing _ela foi uma das primeiras a vestir atrizes de cinema para premiéres e outros eventos_ do que por uma verdadeira revolução de estilo. Ah, e pelo perfume “Ma Griffe”, responsável por boa parte da renda da maison.
Na temporada de verão 2010 coube ao jovem Guillaume Henry (um antigo assistente de Riccardo Tisci) a árdua tarefa de ressuscitar a marca das cinzas. Deu certo. Olhando mais para a figura de Madame Carven do que para seus trabalhos, apresentou roupas dotadas de uma elegância discreta e de um luxo low-profile prefeito para toda e qualquer situação do dia.

Sua sensibilidade e faro para os atuais desejos das mulheres foram, então, essenciais para o sucesso que seguiu. Na temporada seguinte (inverno 2010), arrancou elogios da famosa crítica de moda do “International Herald Tribune”, Suzy Menkes, deixou os compradores da multimarcas Maria Luisa em verdadeiro estado de euforia e até ganhou um jantar em sua homenagem pela fundadora da e-store Net-à-Porter, Natalie Massenet.
Com preços amigáveis _dificilmente a média ultrapassa os mil euros_, a Carven vem crescendo silenciosamente, mas de maneira muito lucrativa. O verão 2011 não podia ser diferente: veio aristocrático, seguindo a vibe histórica da cruise collection, porém sem jamais ostentar demais. Com pitadas de alfaiataria e detalhes marcantes, porém pontuais, falava de uma sensualidade ingênua ao mesmo tempo que dá continuidade aquela elegância e sofisticação com aparência de natural.



créditos_luigitorreffw

terça-feira, 5 de outubro de 2010


O penúltimo dia da agitada Semana de Moda de Paris " volta de grandes modelos, bons desfiles e ameaças terroristas" também marca a estreia oficial da estilista Sarah Burton, 35, sob o comando da grife Alexander McQueen.
Braço direito do estilista, morto em fevereiro deste ano, Burton está na marca há 14 anos e foi nomeada diretora de criação em maio como sucessora do estilista, considerado um dos mais talentosos de todos os tempos.
Burton tem o desafio de continuar a causar impacto com as coleções, mas não pretende tentar reproduzir os formatos das apresentações, já que McQueen fazia desfiles grandiosos, com cenários com fogo, hologramas.
A estilista assumiu a coleção logo após a morte de McQueen, finalizando as peças outono-inverno 2010, apresentada em março, em Paris. Segundo ela, o legado de McQueen para a moda também é forte no seu ateliê, pois criou um time de técnicos, estampadores, bordadeiras que permitiram que seu trabalho tivesse continuidade.
Estudou na Central Saint Martins, em Londres, e decidiu estagiar com McQueen, em 1996, antes de concluir o curso. "Era um prédio no meio do nada e Lee fazia de tudo, cortava, costurava...", afirmou ao site WWD. Após se formar, Burton foi contratada por Alexander e permanece na empresa até hoje.
Em entrevista à versão online da publicação, ela antecipou informações sobre a coleção e sobre o futuro da marca:
Próxima coleção
"Não acho que precisa ter muita angústia (na coleção). Acho que se tornará mais leve. Sempre terá o espírito e a essência de McQueen. Mas claro, sou mulher, então talvez mais de um ponto de vista feminino."
Inspiração eterna
"Sempre terá algo relacionado às trevas, porque de outra maneira você não aprecia a luz. Tive uma experiência nesse assunto, mas não é algo pessoal. Sou uma pessoa mais leve."
Método de criação
"Suas ideias (de McQueen) vinham de todo o lugar. Nunca foi algo como ´Ah, vamos olhar para os anos 1970....´. Lee sentia as coisas e era um contador de histórias. As coisas devem vir de dentro de você."
Marca registrada
"Definitivamente alfaiataria, vestido incríveis, bordados, estampas e sensualidade. Muitos designers têm medo de sexo. Lee não. É sobre fazer uma peça de roupa que você coloca e sabe que está usando McQueen."
Desfiles grandiosos
"Era um território muito particular. Nesse sentido, não posso e não pretendo ser como ele."
Feitio das peças
Muitas peças começam a ser montadas em moldes de papel, para casar as estampas e detalhes. Outros são feito em miniaturas, como roupas de bonecas. "Lee trabalhava em três dimensões então você tinha de ter essa habilidade. Ele me ensinou a criar."
Roupas usáveis
Sarah pretende quebrar o estereótipo de que McQueen apenas criava looks fantásticos para a passarela, frisando que as coleções comerciais sempre tiveram muita personalidade. "O que entristece é que Lee fazia esses desfiles incríveis, mas sempre havia coleções usáveis, mas de alguma maneira ninguém acreditava que eram. É um mito que a marca não é usável."



crédito_michelleachkarterramoda

sábado, 2 de outubro de 2010

Purple Fashion



A modelo ícone Raquel Zimmermann mostrou que não tem vergonha de exibir o seu corpo. A loura posou nua na edição de inverno da revista Purple Fashion.
Fotografada pela conhecida dupla Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin, a gaúcha aparece em imagens provocantes e sem usar nenhuma roupa, apenas acessórios como maxi colares.
Raquel Zimmermann é considerada modelo ícone, segundo o site-referência Models.com. Aos 27 anos, começou sua carreia aos 14 fotografando para revistas adolescentes, como a Capricho. A loura já emprestou seu rosto para marcas como Lanvin, Balmain, Roberto Cavalli, entre outras, e aqui no Brasil tem contrato exclusivo com a marca Animale, integrante da São Paulo Fashion Week.




 
 
 
créditos_thalitaperesterramoda

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dolce & Gabbana

Para quem quer a notícia em uma frase: os estilistas Dolce e Gabbana vão vender, na própria boutique, coleções de novos estilistas.O lançamento do projeto, que faz parte da programação paralela da Semana de Moda de Milão, e conta a história…

Projeto SPIGA2, da Dolce & Gabbana, recruta novos designers em loja no centro do luxo em Milão

Vasculhando o passado, Stefano Gabbana e Domenico Dolce relembraram de como era difícil começar a vender as próprias roupas quando ainda eram muito jovens e desejavam estrear no mercado. Há mais ou menos um ano, tiveram a seguinte ideia: criar uma empreitada para promover novos estilistas, italianos e de fora. Essa é a versão oficial da marca, que convidou o FFW para conhecer a inauguração do Spiga2.
O nome vem do endereço de uma das mais importantes lojas da Dolce & Gabbana no mundo: Via della Spiga, número 2. Essa simpática e estreita rua não é apenas uma rua, é uma das artérias do roteiro do luxo de Milão. Fica localizadíssima na zona Montenapoleone. É para onde os maiores consumidores de moda do mundo vão, quando pisam o pé na cidade em busca de labels. Saem de lá carregados de sacolas Prada, Hermès, Chanel, Louis Vitton, Dolce&Gabbana e outras grifes de ouro.Designers que até pouco vendiam suas roupas em feiras, lojas desconhecidas, armazenadas em algum estúdio apertado ou mesmo em casa, agora vão vender ali, na via della Spiga. “É como se fosse um multimarcas, mas o contato com os designers é mais profundo”, comenta Andrea Caravita, assessor de imprensa do projeto.

Corners e araras abrigam as criações de novos estilistas no projeto SPIGA2

“Profundo” porque Dolce e Gabbana sentem que se envolveram na escolha das marcas como se fossem curadores de arte. Equipes de trendsetters olheiros saíram em semanas de moda, design e eventos em vários cantos do planeta. Voltaram para Milão com uma lista do que acharam mais impactante e, obviamente, produtivo.
A dupla de italianos escolheu as coleções preferidas, conheceu os designers e aprovou os primeiros nomes. Cada leva de estilistas vai ficar seis meses no Spiga2. No espaço da loja, cada um tem a sua arara, tudo devidamente etiquetado_ e na porta de vidro, os nomes de todos escritos.

DJ no lançamento do projeto SPIGA2, da Dolce & Gabbana
 
“Você percebeu como está tudo diferente agora?”, me pergunta Andrea. Percebo. Mas que adjetivo usar pra falar de como era a loja de Dolce & Gabbana na Via della Spiga sem repetir a palavra “chic”? Suntuosa? “Exato, agora estamos numa outra atmosfera!”, diz Andrea, que não deve ter 30 anos. Ou não parece. O DJ toca eletrônicas suaves e o prosecco gira perto do bar, mas o clima, pelo menos ao meio-dia, era mais de business que de festa. Cada designer ficava perto da própria arara pronto a explicar a coleção. Entre os países representados: Austrália, França, Israel, Inglaterra, Suécia, Itália, Turquia e Irã.
FFW foi convidado a conhecer a descendente de italianos Elisa Palomino. “Acho que não sou parente da jornalista brasileira, mas tanta gente já me perguntou isso que fiquei curiosa”, diz, poucos segundos depois de ser apresentada. Elisa acabou de estrear na Semana de Moda de Nova York. Tem um trabalho romântico, adora mulheres do século retrasado, Belle Époque, flores, estilo Liberty, cor-de-rosa.

A estilista Elisa Palomino é uma das convidadas da Dolce & Gabbana no projeto SPIGA2

Foi um dos nomes escolhidos para o evento Who’s on the Next, promovido pela Vogue Itália para lançar novos nomes. Participou do On Stage, uma apresentação de desfiles coletivos durante a feira de matéria-prima Milano Única. Está satisfeita com o (até agora) maior passaporte para o comércio de moda. Suas roupas, como as de outros, são circundadas de bolsas e sapatos cintilantes da Dolce & Gabbana, que, ali, no segundo andar, continuam a vender_ só _acessórios. A presença dos produtos dos “padrinhos” , em torno, parecia não incomodar.




créditos_julianalopesegabrielmarchiffw

Mostra de Lagerfeld é hot ticket em Paris .

Quem estiver em Paris durante a semana de moda não pode perder a exposição hot ticket dessa temporada: “Parcours de travail” (ou “Caminho do trabalho”, em português), que reúne imagens clicadas por Karl Lagerfeld (cabeça da Chanel) ao longo de mais de duas décadas de sua carreira “paralela” como fotógrafo. São imagens que vão desde ensaios de moda e anúncios publicitários até retratos pessoais de suas viagens e caminhadas por Paris.
A mostra é separada em duas partes: a primeira com enfoque nos temas principais da carreira de Lagerfeld por trás das lentes _portraits de moda, paisagens, arquitetura_ e a segunda voltada para o seu lado experimental com fotos. “A fotografia é parte da minha vida. Ela completa o círculo da minha esfera artística e profissional. Eu não sou mais capaz de enxergar a vida sem a fotografia. Eu olho para o mundo e para a moda pelas lentes das minhas câmeras”, explica Karl no release oficial que pode ser encontrado na exposição.
A top Heidi Mount na campanha de outono/inverno 2009/2010 da Chanel ©Karl Lagerfeld

Outros artistas integram o calendário de exposições da Maison Européenne de la Photographie no mesmo período (até 31 de outubro), são eles: Koos Breukel; Fabien Chalon, Tania & Vincent, Ernestine Ruben & Mi Jong Lee e Kimiko Yoshida. Para detalhes sobre as mostras acesse: mep-fr.org
Karl Lagerfeld “Parcours de travail” @ Maison Européenne de la Photographie
QUANDO: até 31 de outubro
ONDE: 5/7 rue de Fourcy – 75004 Paris (acesso pelas estações do Metrô Saint-Paul ou Pont Marie)
INFOS: 01-44-78-75-15
www.mep-fr.org
Confira algumas imagens de Lagerfeld que estão na mostra:

A top Freja Beha fotografada em 2009 e retrato de Maria Carla Boscono para a revista Interview, em 2001

Retrato de Zang Ziyi para a revista Interview e homenagem a Oscar Schlemmer, de 1997
 
 
 
créditos_andrerodriguesffw

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Miuccia Prada .


Era sobre Cuba? Era sobre latinidade? Era sobre tropicalismo? Sobre o quê era o verão 2011 da Prada? A verdade é que as respostas para estas perguntas pouco importam. Qualquer uma delas surtiria em apenas algumas das muitas interpretações que a incrível mente de Miuccia Prada vislumbrou (ou não).
Esta mais recente coleção da Prada é tão incrivelmente poderosa que dispensa qualquer tipo de devaneio a seu respeito. Tem a silhueta com as saias logo abaixo do joelho, tem os blazeres e blusas com torso ajustado e ombros arredondados (quase como aqueles do desfile masculino), tem as plataformas multi-coloridas, tem as incríveis estolas de raposa em cores tão vibrantes que fazem você querer gritar. Incrível como sofisticação e glamour sem ser levado a sério é bem mais interessante.
E aí dá para entender a visão _bem particular_ de Miuccia sobre a atual vontade de uma moda mais simples. Nenhuma de suas peças trazia nenhuma complexidade aparente em sua construção. Muito pelo contrário. Pareciam até atualizações para o século XXI de alguns looks que a própria marca criou nos anos 90.
Até o barroco ficou simples. Arabescos, anjos, macacos e bananas vinham estampados com extremo bom humor, sem precisar de todo rebuscamento típico de tal escola artística.
Mas o que realmente faz a coleção brilhar são suas cores. Cores têm vida em si mesmas. Sempre atraíram e causaram predileção no ser humano de acordo com fatores de civilização, evolução do gosto e especialmente pelas influências e diretrizes sócio-culturais. Na artes-plásticas, na arquitetura, na moda, no cinema, na fotografia, no design e na publicidade, é geradora de emoções e sensações. São elas que dão emoção às formas e modelagens simples. São elas que estabelecem conexões (das mais diversas) no imaginário de cada um. São elas que dão vida às roupas dessa coleção. São elas que enchem de bom-humor o verão 2011 da Prada. E isso, nunca é demais.




créditos_luigitorreffw

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Homenagem épica em Londres

A semana em Londres começou com uma homenagem ao estilista Lee Alexander McQueen, que cometeu suicídio em fevereiro deste ano.
Uma missa na Catedral de St. Paul, notoriamente a mais importante do Reino Unido, reuniu cerca de mil convidados: entre eles Anna Wintour, Suzy Menkes, Sarah Jessica Parker, Kate Moss, Naomi Campbell, Stella McCartney, Daphne Guinness, Karen Elson, Stella Tennant, Hussein Chalayan, Antonio Berardi, Roland Mouret e Philip Treacy.
A cerimônia foi aberta com um discurso de Wintour: “McQueen sempre me pareceu inquieto, e nunca ligou para as politicagens do mundo da moda. O único mundo que ele conhecia _e amava_ estava dentro do seu ateliê”. Além de Anna, a editora de moda Suzy Menkes, do jornal “IHT”, também falou ao microfone: “Me lembro da última conversa que tive com o Lee, ele veio me dizer que ossos podiam, sim, ser belos”, numa clara referência à coleção masculina de inverno 2010 de McQueen.
A cantora Björk _que foi uma das melhores amigas de Lee em vida_ apresentou a música “Gloomy Sunday”, de Billie Holiday. Sua voz sobrenatural, a composição intensa e a letra dramática que fala sobre a morte e sobre a dificuldade que as pessoas que ficam têm de lidar com ela foi o suficiente para arrancar lágrimas da plateia de notáveis.
A missa não foi oficialmente captada em vídeo, mas é possível ouvir a gravação original da música na voz da cantora islandesa:

Veja as fotos de quem passou pelo memorial de McQueen .

Anna Wintour, editora da Vogue US


Björk, a cantora islandesa amiga de McQueen que cantou a música Gloomy Sunday

Daphne Guinness

Jefferson Hack

Karen Elson, supermodelo

Kate Moss, supermodelo

Naomi Campbell, supermodelo

Sarah Jessica Parker
 
Stella McCartney
 
 
 
créditos_andrerodriguesffw

Marc _ Loja Virtual .



Segundo o site WWD,o site de Marc Jacobs é divertido e original, e passa uma sensação de algo pessoal e singular, não apenas de alta tecnologia.
Diferente da maioria dos sites, que misturam ilustração com fotografia, o de Marc Jacobs apresenta, além dos produtos pendurados em araras decoradas, pessoas vestidas com as roupas à venda. Para comprar, o cliente precisa clicar no personagem ou na peça que o tenha interessado.
A página também mostra uma ilustração da entrada da loja atual e vídeos do último desfile da coleção. O objetivo é passar a sensação de que a pessoa está fazendo as compras ao vivo, como informou James Gardner, fundador e diretor executivo da empresa de design online que produziu o site. "Marc está voltando às origens da marca, que é para ser divertida, atraente e legal".
A princípio, estão disponíveis apenas alguns modelitos selecionados pelo estilista e pelo presidente da empresa, Robert Duffy. Com o tempo, a loja virtual irá vender todos os produtos da marca, bem como os itens da Marc by Marc Jacobs. Os preços variam de U$30 por um perfume a U$ 8 mil por um casado de pele.



créditos_terramoda

sábado, 18 de setembro de 2010

Por uma Moda Menos Lady Gaga .

A semana de moda de Nova York, que terminou na última quinta-feira (16/09), não foi tanto de novidades, quanto foi de um certo sentimento de readequação. Estilistas pareciam menos preocupados em reinventar a roda do que em achar aquilo que parece adequado para as atuais vontades das mulheres.
A busca pela novidade pareceu substituída pelo desejo de fazer as pessoas voltarem a se sentir bem com as roupas. Em entrevista ao “NY Times”, Narciso Rodriguez disse que estava pensando em sua amiga Carolyn Bessete, e como ela e outras mulheres apenas jogavam um casaco sobre um longo vestido para sair à noite. Marc Jacobs, após seu desfile 1970s, perguntou a Diane Von Furstenberg: “Lembra quando as mulheres vestiam-se assim? Por que não se vestem mais desse jeito?”.
Nos últimos anos a moda se distanciou demais de seu público-alvo: os indivíduos. Por mais paradoxal que isso possa parecer em tempos de fast-fashion e uma dita democracia de moda, se analisarmos bem o cenários encontraremos imagens dotadas de extrema frieza. Distantes, intocáveis e inatingíveis por reles mortais. Quase como obras de uma ficção-científica pop. Um exército de clones da Lady Gaga.
No business front, marcas são criadas, gerenciadas, ressuscitadas como se tivessem vida própria, independente da realidade. Como se toda essa indústria não dependesse, exclusivamente, de quem a veste.
E como para toda ação existe uma reação, talvez seja essa uma das mais interessantes que vimos em Nova York. Bem mais do que o movimento das saias longas ou meia-perna em resposta as mini das últimas temporadas, da predominância do brancos _e as centenas de tons derivados_ e do statement das cores.
Talvez seja por isso que muitos estilistas preferiram olhar para o passado ao invés de mirar o futuro. Um olhar não de mera inspiração ou referência, mas sim um de busca de conexões. Conexões como aquelas que Marc Jacobs fez ao estilo Yves Saint Laurent dos anos 70, onde “se montar” era algo divertido, possível e não algo vindo de um frigorífico. Ou então como Jack McCollough e Lazaro Hernandez transformaram a eterna jaqueta Chanel em algo cool e contemporâneo na Proenza Schouler.
O minimalismo dos anos 90 _e a simplicidade creditada à Phoebe Philo_ continua como o Norte da bússola fashion. Calvin Klein e seus incríveis vestidos brancos, levemente estruturados, e Narciso Rodriguez com seus longos formais, resgatando a essência do movimento, porém adaptada à atualidade. Esse minimalismo agora vem pautado por ares descontraídos, traz um certo California way of life. Derek Lam talvez seja o melhor exemplo, ao lado de Diane Von Furstenberg, que também percebeu a necessidade de limpar o visual e conectar-se de forma mais direta e objetiva com suas consumidoras.



créditos_luigitorreffw

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NYFW Verão 2011



Derek Lam verão 2011


Retire um pouco da sobriedade das coleções do inverno 2010, adicione uma pitada de descontração, amplie ligeiramente a modelagem e desestruture à gosto. Pode ainda ser cedo, mas a receita para o verão 2011 conforme vem sendo apresentado em Nova York parece ser precisamente esta.
A verdade é que este novo zeitgeist fashion pró-simplicidade tem muito a ver _e a favorecer_ o clássico sportswear americano. Roupes simples que prezem por praticidade e funcionalidade bem antes do tal “fator Celine” já se encontravam nas raízes desse estilo criado por Coco Chanel e difundido por toda uma geração de estilistas americanos.
Não é à toa que muitos dos novos estilistas desfilando na New York Fashion Week tenham encontrado nessa onda neo-minimalista a inspiração perfeita para suas coleções. Diane Von Furstenberg é uma que conseguiu traduzir perfeitamente o poder da simplicidade em suas roupas. Sem perder seu estilo marcante, deu vida novas as suas estampas, ao mesmo tempo que enriqueceu de poder sua alfaiataria. Donna Karan em sua DKNY, fez valer a máxima do menos é mais em ótimos terninhos e vestidos trench-coat.
Já Derek Lam, estilista que há tempos vem investindo na reformulação do American Sportswear, nesta temporada parece ter encontrado o equilíbrio perfeito. Com proporção acertada, conseguiu fazer incrível simples vestidos camisetas com barras alongadas até o chão. Calças jeans de pernas amplas, camisas e ótimos casacos pareciam trazer enorme perfeição de corte, entregando uma mensagem precisa e direta. Aquele tipo de roupa que dispensa qualquer tipo de explicação ou derivação metafórica para fazer valer seu poder.

 
 
créditos_luigitorreffw

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Valentino + Gap

Boa noite, blog quase abandonado !
Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Poccioli são os responsáveis pela coleção cápsula para a GAP

Na tentativa de conseguir ampliar cada vez mais o leque de consumidores, e seguindo a tendência de marcas como Karl Lagerfeld, que anunciou uma linha de roupas mais em conta, além da associação da loja de departamentos H&M com a Lanvin, mais uma parceria foi anunciada. Dessa vez a tradicional grife Valentino assinará um coleção feminina para a grife americana GAP.
A coleção é de autoria dos diretores criativos da Valentino, Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Poccioli, que afirmam ter usado peças icônicas da GAP como base para a criação das roupas. O diretor acredita que reunir ícones da Valentino e da GAP em uma única peça sintetiza a atual tendência de combinar o básico com o luxuoso.
Além da loja de Milão, as peças serão vendidas também na loja da GAP de Londres, de Paris e em Roma. Ainda não há previsão de que a coleção chegue aos Estados Unidos e os preços ainda não foram divulgados. A previsão é de que a coleção esteja disponível no final de novembro.
Essa é a segunda grande parceria realizada pela GAP, que recentemente lançou uma linha de moda infantil com a estilista Stella McCartney e também produziu uma coleção desenhada pelos vencedores do Concurso de Estilistas de Moda da América.



créditos_terramoda

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

35+


O inverno 2010 no Hemisfério Norte não será das menininhas, e sim das mulheronas. De preferência aquelas com mais de 35 anos de idade. É isso que constatou uma pesquisa encomendada pelo bureau de tendências WGSN.
Os indícios são vários. Olhe para as capas de revistas das principais publicações de moda neste mês de setembro: A “Vogue US” tem Halle Berry (43); a “Harper’s Bazaar”, Jennifer Aniston (41); a “Elle” convocou Sandra Bullock (46); a “Love” com Lauren Huton (42) [foto acima]; enquanto a “Vogue UK” trouxe Kate Moss (36).
As campanhas seguem o mesmo caminho: Christy Turlington (41) é uma das estrelas da Louis Vuitton, Madonna (52) aparece novamente como rosto da Dolce & Gabbana e Tilda Swinton (49) também mais uma vez para Pringle of Scotland. Isso sem contar na supermodelo Kirsten McMenamy (46) que está praticamente em todas as publicações _”Vogue Itália”, “Vogue US” e “Dazed & Confused”, só para citar algumas.
O movimento parece natural, já que a moda _sempre em ciclos_ vinha favorecendo uma jovialidade exacerbada nos últimos anos. O fato é que o mercado de consumidoras chamadas de “35+” há tempos vem pedindo um pouco mais de atenção fashion.
São mulheres que hoje estão envelhecendo muito diferentemente de suas mães. Com atitude jovial e um forte senso de moda, essas mulheres não irão comprometer seu guarda-roupa conforme envelhecem. Seus closets são cheios de roupas (acumuladas ao longo do tempo), fato que as torna mais seletivas e ponderadas na hora da compra.
“Baixa qualidade e design duvidosos são aspectos que dificilmente passarão pelo seu crivo exigente. A geração 35+ consome apenas o necessário e, ainda assim, peças que agreguem valor ou atualizem o seu acervo pessoal”, conclui a pesquisa do WGSN.



créditos_luigitorreffw

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Elle Turquia .



Um dos primeiros títulos internacionalmente conhecidos a fincar raízes na Turquia foi a revista “Elle”. Desde sua fundação em 1999, a publicação vem sendo responsável por fomentar e apoiar não só a crescente indústria de moda no país, como também o efervescente cenário cultural que tomou conta de Istambul nos últimos anos.
O ffw conversou com a editora de moda da “Elle” Turquia, Isik Simsek, para entender melhor o mercado editorial da região. Confira:

Quais são os principais desafios de se fazer uma revista de moda na Turquia?
A Turquia é um país em desenvolvimento. As coisas estão mudando muito rapidamente e, ainda bem, para melhor. Há onze anos, não existia quase nenhuma marca internacional por aqui, e o entendimento sobre uma revista de moda, um editorial, uma matéria de capa, era muito limitado. Depois que as indústrias de moda e têxtil tiveram um boom gigantesco nos últimos 10 anos _ainda que existam alguns desafios para superar_, ficou muito mais fácil produzir, fotografar e fazer uma revista por aqui. Em termos de leitores ainda há muito o que melhorar, já que nossa circulação é baixa se comparada a outros países da Europa. Isso faz com que o marketing e publicidade da revista fiquem bem menores do que outras mídias como TVs, jornais e internet. Fato que acaba resultando em orçamentos muito baixos para uma publicação.

E existe um equilíbrio entre marcas internacionais e turcas?
Se você estiver falando de marcas como revistas, não. A “Elle” é a líder de mercado, seguida pela “InStyle”, “Marie Claire” e “Harper’s Bazaar”. A “Vogue” também surgiu na cena esse ano. Mas se você está falando de marcas de moda, sim, podemos falar de um mix igualitário. Nos últimos 10 anos quase todas as grandes marcas internacionais vieram para a Turquia. Também, seja de fast ou slow fashion, existem muitas grifes Turcas que se fortaleceram como grandes nomes no mercado.

Se você pudesse definir o estilo da mulher turca como seria?
Há alguns tipos de mulheres em termos de estilo: as trabalhadoras, com formação universitária, morando nas grandes cidades e muito abertas para mudanças de estilo e moda em suas vidas. Seguidoras de tendências, são essas as principais leitoras de revistas de moda. Há também aquelas que vêm de um passado mais conservador, extremamente dependente de suas famílias (principalmente seus maridos ou pais) em todos os aspectos _sociais e econômicos. Um grupo que batalhamos muito para que se tornem também leitoras. E existem também as celebridades e socialites, que são vistas como ícones de moda, seguidas por ambos os grupos. Mas de uma forma geral, a mulher turca tem um grande interesse em moda e em ser estilosa. Elas seguem as tendências da temporada religiosamente e adoram comprar. Podemos chamar o estilo de “relaxed” e “easy”, com um “twist” de cor e paixão por acessórios grandes.

E para terminar, a tradição e cultura da Turquia influenciam de alguma maneira seu trabalho na revista?
Cultura, absolutamente. Tradição, não muito. Nós, como “Elle” girls, acreditamos em se divertir com a moda, aproveitar todos seus aspectos na vida. Nós tentamos absorver o máximo da nossa herança cultural, o que nos dá grandes ideias e inspirações. Tradição fica um pouco fora do nosso foco, já que adoramos olhar para frente.

+ elle.com.tr
+ twitter.com/elleturkey



créditos_luigitorreffw

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O estilo retrô dos surfistas da California .

O calor chegou antes do tempo!
 Inspire-se no estilo retrô dos surfistas da Costa Oeste dos EUA, cheio de camadas leves e soltas e cores suaves _algo bem British Colony Verão 2011!
Gente bronzeada, pôr do sol, Vampire Weekend, Summer Camp, The Drums ou mesmo The Beach Boys ajudam a criaram um clima nostálgico, sonora e esteticamente, dos anos 1960 e 70, principalmente na Califórnia.
Um item essencial é a camiseta havaiana desbotadinha, em tons de areia, estampada com palmeiras ou outros motivos do tipo.

Streetshot no Festival Coachella, desfile de Verão 2010 da Topshop Unique e camisa encontrada em brechó, em Ibiza.

Estampas e gráficos com efeitos de luz solar ou apagados também são pontos fortes. As estampas fotográficas podem ter um estilo Holga ou Polaroid, dois tipos de câmera muito usadas na época e que se tornaram populares mais uma vez.


Streetshots em Melbourne e Ibiza e fotos de Matt Schwartz.
Surf é praia, e o beachwear não poderia ficar de fora: pense em blocos de cores, crochês, tops sem alças e partes de baixo maiores, tipo shortinho. Algo como a Salinas fez em sua coleção de Verão 2011.


Desfile da Salinas e campanhas dos anos 1970 (é tudo tricô!).

Uma boa idéia para o público masculino, que costuma prezar mais pelo conforto, é combinar boardshorts com listras em blocos de cores como laranja e turquesa.
 
Streetshot em Orange County e malhas dos anos 1960.
Pensando assim, o calor parece mais divertido de repente, não?



créditos_anapinhoffw

Santa Lolla !

Depois de um fds carregado e sem tempo para novos postes ... cá estou eu, com a nova campanha da Santa Lolla. É de babar !




A top russa Sasha Pivovarova, protagoniza a campanha verão 2011 da marca de calçados, bolsas e acessórios Santa Lolla, a loura posou com os olhos destacados pela maquiagem e lábios laranja arrematados com gloss.

 
 
créditos_terramoda

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palô !

" Sobrevivi à Primark. Mas admito que comprei uma ou outra coisinha…
Um nome é comum em todas as listas de “dicas” (odeio a palavra) para quem vai a Londres: Primark. A rede de moda a preços baixos é um dos maiores fenômenos do varejo da atualidade. Uma camiseta a uma libra. Seis meias por 3 libras. Um vestido a seis libras. Três cuecas por 2 libras.
Diante desses preços, não tem como não pensar em como esta roupa é fabricada, transportada, em que margem de lucro eles colocam nas peças. Bem, o sistema é capitalista, logo, é baseado no lucro. Caridade é que não é. Então para uma marca ter lucro numa camiseta de uma libra… Waal.
Muitos jornalistas se fizeram as perguntas acima, e vieram à tona recentemente matérias e documentários sobre condições de trabalho em países como Bangladesh, Índia e China. A Primark diz que consegue os bons preços nas negociações com os fornecedores, na quantidade dos pedidos e no volume das negociações, e no fato de as peças serem produzidas em pouca variação de tamanhos e cores. Nega que incentive condições sub-humanas de trabalho.
Consumidores éticos passam longe dali. Quem não pode ou não quer pagar, ou quer pagar de esperto, esses vão (são imensas as discussões nos fóruns de moda em blogs e sites). Dentro da loja, as pessoas compram como se não houvesse amanhã. Como se estivessem na liquidação da vida delas, adquirindo coisas valiosíssimas a preço de banana. Histeria total. Se você ficar parado, é levado no fluxo. As filas nos provadores e nos caixas são imensas. Os consumidores são meio tratados feito gado e não há vendedores para dar qualquer informação, apenas para dobrar as peças novamente nas prateleiras.
Ter passado pela loja da Primark de Oxford Street foi uma das experiências mais bizarras a que já me submeti. Parece um transe louco, uma bad trip, um pesadelo. Algo assim. Saindo de lá, andando pela rua (também cheia), você continua tentando desviar das pessoas, mas fica ainda com a sensação daquilo na mente. Aquele rush, aquela adrenalina que tenta de toda forma contagiar você; as pessoas em surto sem olhar na cara uma das outras, apenas atrás da melhor oferta, revirando araras, prateleiras e o que for. Pior é que contamina mesmo, e você acaba efetivamente LEVANDO alguma coisa. Afinal, você não pode perder aquela oportunidade.
Pra mim, não levei nada. Da minha parte, prefiro pagar um pouco a mais pelo sossego de poder andar entre os corredores de uma loja. Experimentar ou escolher com calma. Sem estresse. Prefiro me permitir a isso ou prefiro ficar sem comprar. Mas entendo que para muitos essa opção não existe (este é outro tópico dos fóruns).
Nem passei no feminino: além de eu estar completamente atordoada, preferi colar em S. e P., os dois rapazes que me acompanhavam, apavorada de me perder naquela turba ensandecida. Admito: para meus filhos, comprei. Para meu pai também. Estou levando para ele um suéter de 5 libras que faço questão de entregar com o preço. Ele vai ficar feliz nem tanto pelo presente. Mais por achar que, finalmente, aprendi a não gastar dinheiro com roupas de grife".
Érika Palomino



créditos_erikapalominoffw

O lado estilista de Jessica Stam .

A canadense Jessica Stam tem apenas 24 anos, mas trabalha há tanto tempo que os fashionistas já a consideram uma veterana _afinal, é quase uma década de carreira. Já consolidada como top model, Stam partiu para a fase 2: se tornar estilista!
No caso, são 4 itens essenciais criados para RACHEL Rachel Roy, a linha mais acessível da grife Rachel Roy. “Tive controle criativo total”, disse a modelo à revista “Marie Claire”. A única coisa que deveria estar em mente, segundo Rachel, era que deveriam ser peças que Stam gostaria de ver suas amigas usando.

As peças criadas com Jessica Stam, do alto à esquerda: cinto, cardigã, bolsa e skinny jeans

No saldo total, Stam já tem uma consultoria para a Rag & Bone, uma Repetto especial e, agora, uma pequena coleção. Uma marca própria deve estar nos planos.
Veja mais do estilo da modelo abaixo.
Super cool !



créditos_anapintoffw

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Roupas Offline



Para o inverno 2010 _que começa a chegar às lojas do Hemisfério Norte agora_ a moda quis ficar mais “limpa”. Livre de decorações e excessos. Less is more, como nos anos 1990. A consequência disso é que as formas ficam mais puras, os cortes simplificados, as proporções práticas, as cores neutras e os tecidos, de alta qualidade, com superfícies inovadoras, tornam-se protagonistas.
Mas a moda não se resume as meras vontades comerciais e desejos de consumo. E assim, o extremo foco na superfície das roupas pode ter uma explicação um pouco mais subjetiva.
Quem nunca sentiu aquela vontade súbita de acariciar, apalpar ou simplesmente tocar uma superfície felpuda? Desde crianças somos levados por nosso subconsciente a estender a mão para essas coisas que praticamente pedem para serem tocadas. Um filhote, um ursinho de pelúcia, um cobertor aconchegante, um tricô confortável, uma cashmere peludinha e uma falsa pele…
Agora não é diferente. Quando o estilista responsável pela linha masculina da Lanvin, Lucas Ossendrijver, foi explicar as várias texturas que aplicou em seu verão 2011 disse: “São roupas para serem tocadas”. Fundamento também percebido na coleção feminina da temporada anterior, onde Alber Elbaz quis lembrar da nossa atual carência de toque.
Hoje passamos grande parte de nosso tempo sentados na frente de uma tela de computador. Vivemos de imagens, relações virtuais e contatos online. Cada vez mais privados do contato real com pessoas e outros aspectos do nosso cotidiano.
Assim, os veludos, tweeds, lãs, tricôs, cashmeres, casimiras, peles falsas, plumas, couros, cetins, musselines, sedas e plastificados que ganharam destaque neste inverno surgem justamente para suprir essa necessidade. São roupas para serem sentidas. Estimular o toque, ou pelo menos a sensação dele.

Foto publicada em editorial da revista Dazed & Confused de setembro de 2010

 
 
créditos_luiggitorreffw

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um Deus mais do que grego ...


O modelo Gabriel Aubry, ex-marido da atriz americana Halle Berry, foi o escolhido para estrelar a nova campanha da rede de departamentos Charisma usando apenas uma toalha e abusando da sensualidade.
Aos 33 anos, o canadense posou para as lentes do fotógrafo Tony Duran enrolado no lençol e comendo na piscina de uma mansão seduzindo quem vê o catálogo.
Em sua carreira de moda, o louro emprestou sua beleza para grandes marcas como Valentino, Versace, Toomy Hilfiger, DKNY, Hugo Boss e Calvin Klein, que tem como diretor criativo o brasileiro Francisco Costa.

Babei nas fotos !



 
 
 
créditos_thalitaperesterramoda