Era sobre Cuba? Era sobre latinidade? Era sobre tropicalismo? Sobre o quê era o verão 2011 da Prada? A verdade é que as respostas para estas perguntas pouco importam. Qualquer uma delas surtiria em apenas algumas das muitas interpretações que a incrível mente de Miuccia Prada vislumbrou (ou não).
Esta mais recente coleção da Prada é tão incrivelmente poderosa que dispensa qualquer tipo de devaneio a seu respeito. Tem a silhueta com as saias logo abaixo do joelho, tem os blazeres e blusas com torso ajustado e ombros arredondados (quase como aqueles do desfile masculino), tem as plataformas multi-coloridas, tem as incríveis estolas de raposa em cores tão vibrantes que fazem você querer gritar. Incrível como sofisticação e glamour sem ser levado a sério é bem mais interessante.
E aí dá para entender a visão _bem particular_ de Miuccia sobre a atual vontade de uma moda mais simples. Nenhuma de suas peças trazia nenhuma complexidade aparente em sua construção. Muito pelo contrário. Pareciam até atualizações para o século XXI de alguns looks que a própria marca criou nos anos 90.
Até o barroco ficou simples. Arabescos, anjos, macacos e bananas vinham estampados com extremo bom humor, sem precisar de todo rebuscamento típico de tal escola artística.
Mas o que realmente faz a coleção brilhar são suas cores. Cores têm vida em si mesmas. Sempre atraíram e causaram predileção no ser humano de acordo com fatores de civilização, evolução do gosto e especialmente pelas influências e diretrizes sócio-culturais. Na artes-plásticas, na arquitetura, na moda, no cinema, na fotografia, no design e na publicidade, é geradora de emoções e sensações. São elas que dão emoção às formas e modelagens simples. São elas que estabelecem conexões (das mais diversas) no imaginário de cada um. São elas que dão vida às roupas dessa coleção. São elas que enchem de bom-humor o verão 2011 da Prada. E isso, nunca é demais.
créditos_luigitorreffw
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